Agora vai...


Acho que agora chegou o calor de vez !!! Depois de meses diretos de chuvas e ventos parece que agora começa a iniciar a nova estação e o clima começa a mudar . Bom pelo menos parece...
Esse inverno até foi bom, teve dias de altas ondas em todo litoral e quem estava no lugar certo na hora certa fez a mala em alguns mares que rolou esse ano.
Mas agora a roupa de borracha já está dispensada e o prazer de surfar só de bermuda está de volta.
Agora temos outras preocupações ... As ondulações boas e consistentes já começam a ficar mais escassas , a prancha maior , aquela que proporciona as melhores recordações volta pro fundo do quiver , o excesso de sol já preocupa pelo câncer de pele e o pior de tudo o crowd aumenta uns 50 % e fica quase insuportável.
Porém contúdo não dá pra negar que o verão é uma delicia, tem menos onda sim, mas tem mais vida, os sorrisos são mais fáceis , as areias ficam mais floridas e com menos roupa, a quantidade de festas aumentam consideravelmente, as fishs e aquela 5.11 mais larguinha voltam ao rip , o décimo terceiro chega em boa hora e até o fim de tarde é até mais tarde.
Pois é entra estação sai estação , muda o clima , muda as pranchas , muda as ondas e o surf continua ai , fazendo o papel principal em nossas vidas ou pelo menos ocupando um lugar especial nelas.Que venha o verão , agora já é.
Bom verão a todos , aproveitem e surfem sem moderação.

Por Leandro Gimenes Ferreira
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Viagens

de surf


A importância de uma trip de surf ultrapassa muito as razoes obvias de desfrutar de uma onda perfeita e evoluir o surf , geralmente você acaba voltando com muito mais na bagagem.
As viagens de surf tem uma energia diferente , nelas o contato com o lugar a natureza os costumes e o povo local é muito mais intenso , na maioria das vezes a casa de uma família local é o único lugar para ficar o que torna sua estada muito mais enriquecida . A convivência direta com a cultura e costumes locais ampliam suas experiências , seus conhecimentos e valores.
O surfista é com certeza uma das tribos que mais viaja pelos lugares mais diversos , longínquos e belos desse planeta , portanto é muito comum nessa mesma trip conviver também com outros surfistas de outras partes do planeta também com suas crenças , culturas e costumes dividindo o mesmo ambiente . Como exemplo, na primeira vez que estive no México na companhia do meu brother Thiago éramos os único brasileiros hospedados em 10 palapas em um sitio com 8 nacionalidades diferentes , da pra imaginar a comunicação né...
Pois é, essas trips evoluem não somente sua linha , sua leitura da onda , suas manobras , mas também destroem os preconceitos , aumenta sua consciência suas experiências e e lhe dá uma nova visão não só do surf mas da vida , mostra com clareza que você faz parte de um todo que fala línguas diferentes tem habitos diferentes cores e culturas diferentes mas que divide o mesmo planeta , as mesmas ondas e as mesmas locuras humanas.
Se você ainda pensa em realizar aquela trip dos sonhos , saiba que se você estiver atento vai acabar ganhando muito mais que ondas perfeitas que só por ai já bastaria , mas também irá ganhar uma nova visão e até entender que aquele localizmo ridículo que você vê por ai não faz o menor sentido.

Por Leandro Gimenes Ferreira
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O vírus do Surf
( Um ciclo vicioso)


Algum dia atrás conversando com um amigo que está iniciando no surf pude perceber o quanto o surf é especial não importa qual nível se está. Na conversa ele me contava maravilhado sua experiência de descer sua primeira onda em pé aquela que você desce reto mesmo na espuma desequilibrado mas que mesmo assim parece que você venceu um desafio enorme, e pode crer que venceu mesmo (aprender a remar , equilibrar-se , vencer a arrebentação , achar o tempo certo de subir, as mil e uma vacas que se toma ,os perrengues na trip, às dificuldades do crowd etc são um desafio .). Bom mas a sensação de descer mesmo que reto na onda foi a recompensa que ele precisava para acreditar que todo esforço valeu a pena , dizia ele que nunca tinha sentido nada igual em nenhum outro esporte que já tinha praticado e que agora não via a hora de correr uma parede.
Putz foi quando vi que ele podia estar “ Contaminado” pelo vírus do surf e corria sério risco de sofrer as conseqüências que esse vírus o leva.
A busca por todas as sensações que o surf pode propiciar é um ciclo vicioso que começa exatamente assim no gosto pela Praia , pelo mar aí vem a primeira prancha a primeira onda reto na espuma , depois a primeira parede, essa é inesquecível e te lança para um caminho sem volta onde vc sabe que aquela sensação não pode mais deixar de fazer parte de sua vida, mas como todo vicio ele ainda vai te levar mais longe e aí começa as primeiras manobras , essas lhe proporcionam a sensação da realização do “desafio” não com os outros ,mas com vc mesmo em que se aprende a conhecer seus limites e suas habilidades.
Depois desta fase começa a ser introduzido em suas sensações viciosas uma mistura de medo , adrenalina , superação respeito e sintonia com o mar , que acontecem quando se pega o primeiro mar grande de responsa.
Entrar e Dropar em um Mar grande é evidente que tem seus riscos, mas o prazer de surfa-lo e dominar todos os aspectos que envolvem um dia de surf destes faz entender porque tudo vale a pena.
Aí Quando se está nessa fase do ciclo e você acha que já experimentou tudo no surf , vem a magia a sensação máxima do surf , o ápice o maior contato entre homem e natureza “o TUBO” aquele de verdade largo, limpo ,o lugar que foi só seu por alguns segundos e não será de mais ninguém você foi o único naquele espaço cilíndrico de água que se desmanchou quando vc saiu, mas para essa sensação não existe palavras para descrever tem de estar lá dentro pra saber ....

Por Leandro Gimenes Ferreira.

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Surf de Competição ( mudanças a vista )

Surf de competição ( mudanças a vista)


Não sou nenhum grande especialista em surf de competição e muito menos vidente, porém com essas novas notícias que rondam este cenário, tenho meus palpites de que o surf de competição está caminhando para se tornar cada vez mais atrativo e consequentemente mais rentável. O número de campeonatos aumentará ainda mais por todo o mundo. Seguem o mesmo caminho, as premiações e todo dinheiro envolvido.
Grandes marcas, inclusive de outras áreas,investirão pesado com grande interesse no perfil dos consumidores de surf, que na maioria são jovens, mas que para mim tem público em todas as idades e quase todas classes sociais.
Os Cartolas do surf estão se mexendo para conseguir um formato que se enquadre na grade de televisão aberta, o que daria um salto incrível na popularidade do esporte. Já são fortes os rumores de que o WCT, o maior evento de surf do mundo, está prestes a sofrer modificações para um formato com menos atletas favorecendo os grandes confrontos e com transmissão pela TV ( ESPN).
Tudo isso com a aprovação e até um dedo do “careca” mais influente do surf (Kelly Slater).
Com bastante dinheiro envolvido e muita exposição na mídia, haverá um crescimento de praticantes, garotos e garotas, sonhando com seus lugares ao sol e uma carreira de bolso cheio como a de seus idolos.
O surf de competição está para dar um passo importante se vai ser bom para todos nós envolvidos de alguma forma com o surf, ainda é cedo para falar. O que é certo, é que se você acha que está crowd, você ainda não viu nada...

Viva o México e a gripe dos Tubos

Esse ano tive o prazer de estar no México para uma surftrip mais uma vez, e só tenho uma certeza vou retornar.
Saímos daqui em meio acrise da tal “gripe suína” ouvi milhões de conselhos para não ir, diziam que era perigoso , que eu podia esperar , que isso que aquilo , mas não tinha jeito nós estávamos na febre das ondas mexicanas e a possibilidade de pegar os picos mais vazios devido a tal gripe nos motivou ainda mais então ...
Saímos de São Paulo no dia 12 de junho por volta das 8hs da manhã e só chegamos na casa em que ficamos no México as 17hs do dia 13 . Devido essa tal Gripe tinham vários vôos cancelados, falta de informação ou informações desencontradas enfim um caos aéreo.
Voamos do Brasil para o Peru do Peru para Costa Rica e de lá para Cidade do México onde tivemos que passar a noite por desencontro dos vôos ou seja,dormir uma noite no meio do foco da tal gripe . No inicio estávamos encanados mas quando vimos já estávamos dormindo de boca aberta em cima da capa da prancha sem mascara sem nada.
A noite foi longa ... e o outro vôo só sairia a 1h da tarde , e quando chegou a hora , Surpresa!!!! Vôo cancelado.
Brigamos daqui negociamos de lá mas não teve jeito tivemos que pegar outro vôo para huatulco cidade vizinha de Puerto nosso destino , bom pelo menos na negociação não pagamos as taxas das pranchas economizamos uns U$200 dolares.
Chegamos em Puerto completamente múidos , ainda fomos dar uma sacada no mar , mas as condições não eram apropriadas para uma queda naquela situação de cansaço.
No dia seguinte logo cedo já estávamos na água aproveitando o vento terral diário com boas ondas.
Estávamos ansiosos para pegar o swell clássico do ano passado no secret que batizamos de EL General, mas infelizmente este ano não rolou , mesmo assim tivemos dias de altas ondas longas de cansar as pernas e de alta qualidade que contribuiu muito no teste das pranchas e no aperfeiçoamento da linha. Desta vez nos concentramos mais em surfar Zicatela , tentando nos familiarizar com o Power da onda , as correntes , a posição do pico , os locais o crowd e tudo que envolve essa onda que quem já foi sabe do que estou falando.
È uma onda desafiadora que realmente estende e mostra o teu limite.
Eu em particular esse ano tive muitas lições em Puerto peguei o melhor tubo da minha vida até então e tomei o Pior caldo também , tive o prazer de ver meu parceiro e irmão de surf Thiago botar pra baixo em uma bomba que ele até agora não tem idéia do tamanho daquela locura e ainda tive o privilégio de ver do canal um tubaço alucinante do shaper local Ramirez , que com maestria botou pra dentro de backside com estilo em um dia pesado que poucos estavam se atrevendo. Como dizem por lá é o Gery Lopez mexicano.
Passamos um mês na rotina do surf , acordar cedo aproveitar o terral , fazer amizades conhecer ondas novas , ler , trocar idéia , expandir a consciência , fazer o rango , estudar sobre pranchas , vender pranchas , aprender outro idioma , outra cultura novas músicas novas idéias , novas comidas ou seja só aprendizado e por fim acabava o dia com o brother gente finíssima Vandielli batendo na nossa porta e dizendo: “ Borá pra atividade ta batendo o terral da tarde...



Ah já ia me esquecendo diviam trocar o nome desta tal Gripe suína ou influenza sei lá , para Gripe do Tubos pois durante o tempo que passei lá foi a única coisa que vi.

Chicama Peru
La ola mas larga del mundo
Em agosto de 2008 mais uma vez eu e meu Sócio e parceiro Thiago, partimos rumo às ondas perfeitas no mundo. Desta vez a trip foi para Chicama no Peru “la ola mas larga del mundo”.
Chegamos em Puerto Malabrigo por volta das 18:00hs e fomos direto checar o mar que quebrava bem em frente ao Chicama beach hotel onde nos hospedamos.
O lugar é impressionante, paisagens desérticas e formações rochosas de milhares de anos de erosão. A cara do pico é sinistra ainda mais pra quem chega no fim de tarde nublado e frio. Mas a onda... é realmente impressionante a extensão em que ela quebra. É incrível! Não é uma onda grande, segundo os locais quando quebra grande não passa de 2 metros, mas é muito longa e muito perfeita com algumas sessões de tubinhos maneiros.
O surf no pico exige um preparo físico em dia pois além de a onda ser longa de doer as pernas ainda tem uma caminhada e uma remada de responsa. Detalhe: toda caminhada até a entrada no Key é sobre pedras e mais pedras , para os pés de moça é uma tortura segurar o tranco.
Pegamos o fim de um bom swell nos primeiros dias e o começo de outro e ficamos completamente destruídos de tanto surfar .
Na baixa entre os swells surfamos o pico do Key que quebra logo atrás del point o pico principal. É uma onda muito constante, longa, rápida e divertida .
O surf no Peru, aliás, é muito tranqüilo , surfamos todos dos dias com os locais , todos gente fina e ótimos surfistas. O astral é o melhor possível, muito surf e muito respeito.
O Peru ainda está muito atrasado economicamente , diversão fora o surf é quase nula, lá é um lugar pra surfar e colocar as idéias em dia e foi o que fizemos.
Testamos vários modelos de nossas pranchas , fizemos novos contatos, novas amizades e é claro divulgamos a Reaglan em mais um pico do mundo , vendemos pranchas, camisetas , distribuímos adesivos e etc.
Recomendo a todos amantes do surf a conhecer Chicama e todas as ondas que quebram no Peru, não é caro rolar ondas incríveis e o lugar tem uma vibração de alma.
É isso, o surf é uma eterna busca que nos diverte e alimenta nossa alma por isso : Surf Por toda Vida...
Por Leandro Gimenes Reaglan Surfboards.

Os Shapers do Futuro

Os Shapers do Futuro.

Entramos em uma nova era de design e fabricação de pranchas de surf. Não é uma novidade no mercado mas uma necessidade real para todos os shapers do mundo.
Neste ano implantamos o sistema DSD surf Cad em nossa fábrica mas não por uma necessidade de alta produção e sim para o aumento da qualidade e controle de nossas pranchas.
É inegável o aumento de controle que o shaper tem sobre as medidas e variantes da prancha sendo possível ajustes antes muito difícil de mensurar até para o mais habilidoso dos shapers.
Uma das maiores vantagens alem da precisão é liberar o shaper que antes ficava trancado na sala de shape fazendo na maior parte do tempo desbastes grosseiros no bloco para sair e buscar novos conceitos , acompanhar melhor e mais de perto suas criações e seus atletas , e estudar a verdadeira hidrodinamica das pranchas.
Os surfistas também acabam ganhando com tudo isso pois é para eles que acontece a principal mudança, a chance de acertar a prancha mágica para as diferentes condições. E melhor poder repeti-la com muito mais precisão.
O shaper de hoje e o de amanha não é mais aquele que só possuem uma grande habilidade manual adquirida durante anos de prática, e sim os projetistas que estudam a hidrodinamica das pranchas e chegam nas melhores combinações de fundos , bordas, rabetas , Foil , Rockers ,para todo tipo de mar , base do surfista , peso , altura , perfil de surf e etc, agregando o valor da funcionabilidade.
A Prancha é e sempre vai ser o maior tesouro que o surfista de verdade pode ter, porque as bermudinhas , óculos , camisetas , correntinhas e todo mundo do surfwear são apenas moda , o que te leva sobre as onda é ela “ a prancha”.

Por Leandro Gimenes Ferreira
Reaglan Surfboards.

Secret Spot ( Aproveitamento maximo)

Secret Spot

Este ano foi sem dúvidas um ano especial de surf na minha vida, surfei altas ondas no Brasil , no México e no Peru , mas queria compartilhar com vocês uma das melhores sensações , que foi surfar um verdadeiro secret spot. Já tinha surfado alguns picos bem pouco conhecidos e com boas ondas aqui no Brasil , mas nunca um pico com 5 caras na água rolando perfeito, perfeito. Calor, água limpa e tubo atrás de tubo.
Depois desse dia passei a entender aqueles caras que protegem um pico como se fosse um filho. Pois um dia épico em um secret é um dos maiores prazeres na vida de quem vive pra pegar onda, é um dia onde o contato com o surf é puro sem estresse, sem aquele clima de disputa , sem platéia, sem ego, sem brigas, sem aborrecimentos, só boas vibrações e puro surf. Passamos três dias nesse paraíso, eu, o Thiago e mais uns 5 abençoados. Agradeço todos os dias a Deus, ao Universo, Jesus,Iemanjá, aos Deuses do surf e tudo mais.
Desses dias aprendi entre muitas, 2 lições: o prazer inexplicável que é surfar um secret e a importância de preservá-lo.

Por Leandro Gimenes Ferreira

Shaper desinger Reaglan

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